1.De que material é melhor construir um lago?
2.É para usar cimento/concreto? Precisa de ferragens? Precisa revestir com azulejos e pastilhas? Ou basta cimento liso?
3.Piscinas de plástico/vinil servem para criar peixes?
4. Que impermeabilizantes usar? Isso prejudica a água e os peixes?
5. As mantas emborrachadas e flexíveis são eficientes para lagos?
6. As mantas/lonas barateiam os custos, em relação ao concreto?
7. Quanto tempo dura um lago de concreto? E com lona?
8. É melhor um lago raso ou profundo? Quanto de profundo?
9. Há um melhor formato para lagos de jardim? Qual é?
10. Quais os melhores peixes para por no lago?
11. É melhor lagos acima ou abaixo do nível do solo? E a questão do lençol freático?
12. Qual o melhor substrato para lagos de jardim?
13.O lago deve ter água parada ou circulante? E por quanto tempo diário a bomba deve ficar ligada?
14. E a filtragem do lago, como fazer?
Antes de abrir a discussão desses tópicos listados, vale ressaltar que falaremos sobre lagos de jardim de pequeno e médio porte, em geral dos que ficam próximos de residências ou em quintais. Não trataremos de viveiros de barro que recebem águas de rio/riachos/nascentes, nem de barragens ou dos lagos naturais que encheram pela chuva, em áreas rurais. As perguntas acima são recorrentes e revelam a estreita ligação entre o problema da estrutura e revestimento dos lagos, com a vida dos animais que habitarão neles: peixes, tartarugas, rãs, etc.
Outros critérios precisam ser colocados, quando o assunto é construção de lago de jardim: eles podem ser construídos escavados no chão, ficando todo o nível da água abaixo do nível da superfície. Eles podem também ser construídos totalmente acima do nível da superfície, como muros fechados, ou ainda um meio termo, com uma parte (tipo 2/3) abaixo do nível da superfície e o resto (1/3) acima desta. Por exemplo, pode-se fazer isso com caixas d´água de fibrocimento ou de plástico.
Vamos à discussão dos tópicos:
1.De que material é melhor construir um lago?
Já vi gente afirmar que o melhor material para o lago era o que coubesse no bolso. Brincadeiras à parte, qualquer um pode ter um pequeno lago gastando pouco dinheiro, e com pouco trabalho também (creio que o principal fator, necessário para se ter um lago, é dispor do espaço). E o modo mais simples que conheço de se fazer um lago é escavando o chão na forma e profundidade desejadas, e em seguida forrar com uma manta/lona impermeável e flexível, no formato do buraco, e se quiser revestindo de pedras no fundo e nas bordas, fazer os acabamentos desejados com cimento, e depois encher de água (e sobre as filtragens e bombas, ver ponto 14). Outra opção é fazer o lago de concreto armado, que precisará de reforço de malha de ferro e impermeabilizantes no revestimento, dos quais falaremos ainda. Já vi quem enterrasse caixas d´água até certa altura, e completasse até a borda com barro e pedras, elevando o nível do terreno, e plantando grama nesse entorno. Depois, é só encher. Diríamos que os lagos podem ser feitos de concreto/cimento, plástico ou de lona.
2.É para usar cimento/concreto? Precisa de ferragens? Precisa revestir com azulejos e pastilhas? Ou basta cimento liso?
Tanques de alvenaria, de maior tamanho, precisam de armação de ferro para garantir firmeza da construção e poder também agüentar a pressão da água. Já vivi a experiência de um lago que estourou (mais de 10 mil litros foram para o quintal e para a rua), porque o pedreiro amador não colocou amarras nem malhas de ferro no seu entorno e na estrutura. Era um tanque de superfície com 90 cm de altura (o fundo declinando entre 40 a 70 cm, na parte mais funda), com 7,5m de comprimento e 3,5 de largura. Os tijolos foram colocados virados para o interior do tanque, e não como se faz uma parede, em que sua lateral é que fica virada para o interior. Isso tornava sua parede bem grossa. Mas depois de cheio, tarde da noite, a estrutura não suportou a pressão e estourou. Foi preciso refazer e colocar ferro em todo seu entorno, para suportar a pressão. Aí sim, deu certo. Claro que para tanques pequenos, até uns 1500L, de pouca profundidade, não há necessidade de ferros. Quanto aos azulejos/pastilhas, não vejo necessidade de sua colocação, a não ser que se queira dar maior estética de cores e aparência refinada ao interior do lago (isso vai encarecer a obra, para pouco efeito prático). Em minha opinião, azulejar o tanque retira a rusticidade de sua aparência, de lago selvagem. Fica artificial demais, mas o gosto de cada um deve ser respeitado. Sobre o cimento liso, é possível utilizar no revestimento, mas com aditivos impermeabilizantes ou tintas apropriadas. São comuns ainda lagos revestidos por placas de pedra granítica ou de rio, de superfície irregular, de grande valor estético, que dão visão rústica e que não interferem praticamente na qualidade da água.
3.Piscinas de plástico/vinil servem para criar peixes?
Claro que servem! Se bem que estamos falando de “piscinas”, não de lagos. Familiares podem achar bem estranha essa troca de uso, em que ao invés de banho, haverá peixes, plantas, pedras, lodo, e que ninguém de bom senso vai mergulhar ali. Um amigo tinha uma piscina de concreto azulejado de 20 mil litros sem uso em sua chácara, e colocou tilápias dentro. Ficou horrível, aquela estrutura azul, perto da churrasqueira, com água verde e cheia de aguapés e lodo (tinha até mau cheiro). O ruim é que as piscinas de fibra já prontas são muito caras, e não há necessidade de se gastar tanto para ter um simples lago de jardim. Mas existe ainda aquelas piscinas montáveis de plástico-lona, usadas por crianças, de 1000L a 2000L em média, e que não são caras. Estas também podem ser usadas como um "tanque" improvisado, e há quem faça toda a ambientação e filtragem nessas estruturas, usando substratos, plantas aquáticas e flutuantes, pedras, areão, filtragem, etc, com algum sucesso. O problema é a durabilidade desse material, ou o perigo de furar por acidente, por crianças, por exemplo. Também não devem ficar expostas ao sol e chuva o ano todo, pois vão começar a vazar, e aí, só outra. Pelo que vemos, há quem mantenha (com muito cuidado) essas piscinas-tanque por bons anos. No final, mesmo que furem, valeu o tempo da brincadeira.
4. Que impermeabilizantes usar? Isso prejudica a água e os peixes?
A questão dos impermeabilizantes: toda estrutura que receba água (piscinas, cisternas e lagos de jardim) precisam ter suas paredes impermeabilizadas, para não sofrer o perigo de vazamentos e infiltrações indesejáveis. Já vi quem colocasse betume por trás do concreto, ou usasse substâncias isolantes nas paredes ou misturadas na massa (resinas como terraplus, aditivos como vedacit, cimentcola, tintas como epóxi, etc.), ou que aplicasse lonas de vinil, por exemplo, para impermeabilizar as paredes de seu tanque. Em geral, os produtos químicos são tóxicos e podem contaminar a água e matar os peixes, principalmente quando recém aplicadas. Digo isso por que sei que a pressa em se colocar peixes no lago termina prejudicando os animais. Quem constrói um lago deve estar ciente que a ÚLTIMA coisa a ser colocada depois de tudo, pedras, plantas, substratos, etc., são os peixes. Após o enchimento, coloca-se a vegetação, e aguarda-se alguns dias, apenas com plantas, antes de colocar os peixes. O lago deve descansar cheio por esse tempo, sem peixes (no máximo, após dois ou três dias coloca-se lebistes ou alguns paulistinhas para comerem as larvas de mosquito que nascerem, e para sentirmos como está a água). Se eles morrerem, o negócio está feio! Mas em geral, eles não morrem. A massa dos peixes, só entra depois de mais alguns dias. Se for usar esses produtos aditivos ao cimento, após a aplicação, devemos esperar secar bem, e o tanque deve ser bem lavado depois, várias vezes, com jato de mangueira, antes de ser cheio, para a retirada da força tóxica dos produtos. Já ouvi dizer por aqui que o cimento alcaliniza a água. Creio que isso seja verdade no início, quando ele está exposto e novo, em contato com a água. Depois de vários meses, a natureza se encarrega de colocar uma camada de limo verde sobre ele, e não mais vai interferir em nada. Azulejos não interferem na qualidade da água.
5. As mantas emborrachadas e flexíveis são eficientes para lagos?
Nesse caso, as mantas flexíveis são ótima escolha, pois nada interferem na química da água, e são rápidas e práticas de montar. O problema dessas mantas é furarem, em contato com objetos perfurantes ou cortantes (como certas pedras, granitos, pregos, ferramentas etc). Também, elas possuem durabilidade calculada em 10 anos (como as mantas EPDM da Firestone). Fica a cargo de cada um calcular se vale a pena colocar essas mantas. Aqui o preço é a questão...Por fim, há quem nem revista o tanque com tijolos ou reboco, antes de colocar as mantas. O melhor, no entanto, é fazer uma estrutura de tijolos sem reboco (no mínimo), para evitar desmoronamentos de terra, sendo melhor colocar os tijolos com reboco de cimento, e só aí a manta. No fundo do tanque, é bom também revestir com cimento (com tijolos, britas ou pedras).
6. As mantas/lonas barateiam os custos, em relação ao concreto?
Os lagos de concreto abaixo da superfície, com cobertura de concreto, e pedras duram mais que os feitos com mantas flexíveis. Nos tanques acima da superfície, por experiência própria, nota-se que com os anos (uns 08 a 10) o concreto, após todo esse tempo de sol, chuva, água e pressão, começa a mostrar rachaduras, e estará na hora de fazer reparos. Em termos de custo, depende do tamanho do lago que se pretende montar. As mantas de qualidade, vendidas por metro quadrado, também não são baratas, mas por outro lado, são mais práticas para instalar. Lagos de concreto exigem um tanto mais de trabalho em sua montagem, até a colocação dos peixes (incluindo o trabalho de impermeabilizar as paredes, o que as mantas não necessitam).
7. Quanto tempo dura um lago de concreto? E com lona?
Com base no que disse acima, já vi lagos forrados com pedra e cimento que duraram quase uma vida inteira. Há quem prefira colocar misturado ao cimento aquelas britas de granito, para reforçar o revestimento. Com lona, o que vai ditar o tempo é a forma de uso e os cuidados que se terá com essas superfícies. Diria que uma década é um excelente tempo de uso. A questão da duração de tanques de cimento depende de muitos fatores, desde o pedreiro da obra, até a qualidade da massa usada, sua quantidade, estrutura armada, volume de água, e até mesmo o terreno em que o lago é construído, o sol e a chuva no lugar, etc. Um tanque mal feito, em poucos anos vai trincar, ter rachaduras e vazamentos. Tanques de superfície, que pegam muito sol e chuva, também tendem a trincar entre 04 a 10 anos. O melhor é não economizar no cimento, nos impermeabilizantes, nos revestimentos, caso tenham, pois assim, de estrutura reforçada, a duração do seu lago aumenta. A combinação de lona e cimento pode durar décadas.
8. É melhor um lago raso ou profundo? Quanto de profundo?
A questão da profundidade depende do clima do local e dos peixes que se pretende criar nos lagos. Para carpas, oscars, gouramis, tilápias e kinguios, 70 cm está de bom tamanho, em um clima tropical. Se for clima frio, 1,2m basta, pois com baixas temperaturas, os peixes buscam locais mais profundos. O ideal mesmo é ter uma gradação de profundidades, por exemplo, partes rasas com 40 cm, outra com 60 cm e uma mais funda, de 100cm. Em locais muito quentes, como no Nordeste do Brasil, não indicaria lagos muito rasos, até 20cm, pois a água vai esquentar muito próximo do meio-dia para a tarde, aumentando a explosão de algas e o excesso de calor incomoda os peixes, que procurarão águas frescas, mais profundas. É comum se fazer degraus nas laterais dos lagos, para colocação de vasos com plantas. Para pacus ou peixes maiores, o melhor é ter tanques mais profundos, com 150 cm. É importante destacar que para uma carpa, por exemplo, a área (m2) do espelho d´água importa mais que profundidade, considerando um mesmo volume do tanque.
9. Há um melhor formato para lagos de jardim? Qual é?
Não há “melhor” forma para lagos de jardim. Mas sabe-se que profundidades variáveis agradam os peixes, pois isso altera os ambientes, temperaturas e pressões sobre eles. Um lago muito uniforme (como uma caixa ou poço de 1m de fundo por 2x2m) não possibilita variações para os peixes procurarem onde seria melhor ficar, reproduzir, etc. É importante atentar que quanto maior o espelho d´água, mais contato com ar a água terá, o que é ótimo para os peixes. Um local de sombra também é desejável, o que pode ser feito calculando o período de sol durante o dia e encontrando um jeito de ter sombra. É bom ter sombra de uma construção próxima, ou mesmo uma parte do tanque ser tomada por plantas flutuantes. Um erro é colocar lagos sob árvores, pois a queda de folhas e frutos poderá apodrecer a água. Em dias quentes, os peixes procuram o abrigo de sombras. Há espécies que não gostam muito de sol, como certos cascudos, dojôs, lábeos, gobis, etc.
10. Quais os melhores peixes para por no lago?
Não há como definir os melhores peixes...depende de cada gosto, de cada objetivo e de cada espécie disponível na cidade, para a criação. Há quem prefira peixes jumbos em seus lagos, como oscars, gatos de canal, carpas, pacus, piaus, jaraquis, balasharks, entre outros. Mas já vi também acarás-bandeira, molinésias, espadas, discos, ciclídeos variados, colisas, kinguios, e até mesmo cardumes de tetras cardinais criados em lagos (aliás, belíssimo de se ver “de cima”).
11. É melhor lagos acima ou abaixo do nível do solo? E a questão do lençol freático?
Como já foi dito acima, o lago/tanque pode ser construído totalmente acima do solo, abaixo do solo, ou misto, uma parte escavada no solo e o resto acima do nível do chão. O que define isso é ou o tipo de solo que se tem, no terreno, ou o gosto do dono mesmo. Uma vantagem do lago abaixo do nível do chão é que a própria terra ajuda a segurar a pressão da água, ao contrário das estruturas feitas acima, cujas paredes terão de suportar sozinhas a pressão da água. Vamos à questão do lençol freático:
Antes de construir seu lago, é preciso verificar a qualidade do seu solo, caso contrário, pode-se construir um tipo de estrutura que seria inadequada para aquela região. O principal é verificar o nível do lençol freático do lugar. E o método é simples, para isso: cave um buraco de uns 40 cm de diâmetro, da profundidade desejada para o lago. Encha de água, e aguarde para ver a reação. Se secar rapidamente, tipo em minutos, o lençol freático está abaixo do nível do tanque, e portanto, o lago pode ser escavado e construído. Se a água demorar muitas horas ou dias para secar, pode indicar dois sinais: 1) O lençol freático é justamente naquele nível. 2) Se o solo for muito argiloso, pode reter a água, mesmo com o lençol freático bem abaixo desse nível.
Nesse caso, se seu nível for o do lençol freático, o tanque preferível será o acima da superfície. No caso de o lençol for abaixo, pode-se construir o lago escavado, e fazer sua estrutura de concreto e pedras. É que o lençol freático pode pressionar a estrutura, causando danos. Mas já vi em fazendas em que se aproveita no nível de lençol freático para se manter lagos escavados no barro, que enchem bem no inverno e demoram meses para baixar o nível, dando para criar peixes nessa temporada.
12. Sobre o substrato. Sendo bem direto, o melhor mesmo é não ter NADA no fundo dos lagos de jardim, pelo menos no modelo aplicado aos aquários caseiros. Areia de rio, solo fértil, barro, pedregulhos finos ou granulados, areia de piscina devem ser evitados, pois isso inviabilizará a limpeza do fundo. Mas caso alguém queira ter substrato em seu lago, pode colocar seixos médios e grandes, ou até pedras (rochas), lembrando que elas também vão atrapalhar a limpeza. É bom lembrar que o fundo do lago deve ter um pequeno desnível para uma área mais profunda, pois ali ficarão os detritos e a sujeira mais grossa (que deverá periodicamente ser retirado por sifonagem ou com bomba.
13. O lago deve ter água parada ou circulante? E por quanto tempo diário a bomba deve ficar ligada?
Dependendo do local e do tempo disponível semanal do dono para cuidar do tanque, a água do lago pode ser parada, em movimento ou um sistema misto. No caso de parada, há pontos positivos e negativos. No primeiro caso, se gasta menos energia, já que não haverá bombas ligadas o dia todo. Também há peixes próprios para águas paradas, ou que vivem bem assim, como betas, certos ciclídeos e caracídeos, cascudos, etc. O ponto fraco é que aumentam as chances da água apodrecer ou ficar verde, por explosão e morte de algas, e a oxigenação será prejudicada, sem movimento. Com a água parada e sem filtragem o criador deverá fazer mais trocas de água semanais, bem como sifonagens (no caso, cerca de 20 a 30% da água deve ser trocada, nesse período), e deve ambientar o sistema para que este se torne auto-sustentável (na natureza há muitos sistemas parados e biologicamente bem sucedidos: lagos e lagoas). Mas e a bomba, deve ficar ligada sempre? Já li experts dizerem que sim, 24 hrs por dia, embora o custo de energia pese um pouco. Tem gente que usa um timer, e a bomba só funciona certo período do dia, tipo, de 8 a 12 horas diárias. Isso vai depender, como já disse antes, do local do lago, se tem luz constante sobre ele ou não, do tipo de filtragem escolhida, bem como do tempo disponível do dono para cuidar do lago.
14. E a filtragem do lago, como fazer?
A circulação mecânica da água pode estar ou não acoplada a um sistema de filtragem, que pode ser mecânica ou/e biológica, muito indicado para a boa vida no tanque. A oxigenação, com a ventilação, também pode ser obtida à maneira das fontes, onde ocorra queda de água (claro, também existe aeradores imersos), sem presença de filtros. É sabido que a maioria dos peixes apreciam água em movimento. No entanto, com presença do filtro, a qualidade da água será mais garantida, além de se gastar menos água, pois o tanque estará constantemente em movimento e a água reutilizada, bastando fazer uma troca de 20% do volume a cada quinzena. As bombas podem ser do tipo submerso, próprio para lagos, ou do tipo externo, em conexão com um filtro (aqui, a imaginação deve funcionar, pois há muitas idéias de filtragens biológicas e muitos modelos de filtragem mecânicas). Há quem use bombas comuns, de elevação d´água, e filtros próprios para lagos (observar a adequação entre o volume total do lago e a vazão da bomba). O funcionamento do sistema basicamente é: a água deve sair do lago em um ponto, passar pela filtragem (e luz UV, se necessário), e retornar ao lago, em outro ponto (há quem faça declives, cachoeiras, ou quedas d´água, nesse retorno da água). O importante é o trabalho de retenção de detritos, algas e fezes dos peixes, bem como o trabalho das bactérias boas, para a água manter seus parâmetros vitais. Darei dois exemplos de filtragem mecânica e biológica: a água do lago cai primeiro em um recipiente (tipo caixa d´água de 100L ou mais), cheia de pedras grandes, médias e cascalho - ou cacos de telhas, cerâmica de aquários, etc, com uma camada de sacos-rede ou lã acrílica sobre o material. Aqui ocorre a filtragem mecânica e a biológica (bactérias se fixam nas pedras). Depois, a água vai para outro recipiente cheio de plantas tipo aguapé de açude ou valisnérias, que são filtrantes, e somente depois cai no tanque grande outra vez, bem mais clara e tratada. Vi outro sistema em que a água saía direto do tanque e passava por uma espécie de canal (tipo 3m), cheio de terra e adubo, plantado com agrião. A água nesse canal tinha 2 a 3 cm de profundo só, e corria dentro dos agriões. A água não sujava, pois passava por cima das raízes das plantas. Depois, caía num tanque de uns 200L, cheio de alface d´água, e daí caía por gravidade de volta ao tanque maior. Ou seja, os detritos ruins do tanque serviam de adubo aos agriões e alfaces d´água. Uma idéia excelente.
Espero ter ajudado alguns, ou provocado outros aqui a discutir sobre esse tema tão instigante, que são os lagos de jardim. Aguardo comentários.
Lago em construção:
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[/URL]Formato de lago:
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[/URL]Outro tipo:
Lago de superfície, revestido com lona plástica:
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Formato redondo:
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[/URL]Boa vegetação:
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[/URL]Revestimento de pedras:
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Belo lago de carpas, profissional:
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[/URL]
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