O peixe contaminado apresenta em conjunto alguns sintomas, como desnutrição, fraquesa, e desanimo, pode apresentar inflamação e dilatação no abdome, palidez ou escurecimento, não se interessa pela comida ou não consegue se alimentar, o que gera emagrecimento, pode parar de evacuar ou evacuar fezes finas e longas com cor transparente ou esbranquiçada que custam a se desprender do anus do animal.

Agente responsável: Spironucleus sp (protozoário).


Fotografia: Horácio

Sintomas: O protozoário é encontrado no trato gastrintestinal dos peixes, e a doença se manifesta quando os protozoários se multiplicam além do normal, isso ocorre quando os peixes se encontram em situação de prolongado estresse, tornando-se debilitados, e essa situação ocorre geralmente quando o peixe está exposto a condições da água em desacordo com suas necessidades individuais e demais condições desfavoráveis de água, como o excesso de compostos nitrogenados causados por falta de manutenção no aquário. O contágio ocorre com a ingestão do protozoário pelo peixe, muitas vezes essa ingestão ocorre junto com a da ração que vai ao fundo do aquário e se contamina com as fezes de peixes doentes. O peixe contaminado apresenta em conjunto alguns sintomas, como desnutrição, fraquesa, e desanimo, pode apresentar inflamação e dilatação no abdome, palidez ou escurecimento, não se interessa pela comida ou não consegue se alimentar, o que gera emagrecimento, pode parar de evacuar ou evacuar fezes finas e longas com cor transparente ou esbranquiçada que custam a se desprender do anus do animal. Em estágios avançados da doença, ocorre a SÍNDROME DO BURACO NA CABEÇA, conseqüência de vários fatores sintomáticos que os peixes apresentam quando contaminados pela spirunucleose, e caracteriza-se inicialmente pelo aparecimento de pequenos orifícios sobre e/ou ao lado da cabeça do peixe, geralmente com um muco de cor esbranquiçado no interior da ferida (aparência de pus), que ao avançar da doença tornam-se maiores e com a substância esbranquiçada podendo sair pelo orifício, aparentando uma espinha

Profilaxia: Manter a água do aquário em boas condições, efetuando sifonagem para retirada de matéria orgânica que venha a se decompor e trocas parciais de água, dando manutenção periódica no sistema de filtragem, oferecendo boa alimentação aos peixes e efetuando quarentena para novos habitantes.

Tratamento: O tratamento deve ser feito por duas semanas, obrigatoriamente em aquário hospital sem ornamentos e substrato, apenas com algum lugar para o peixe se esconder e se sentir protegido, a temperatura da água deve ser aumentada gradualmente até a temperatura máxima tolerada pela espécie a ser tratada, e deve ser mantido aerador durante todo o período do tratamento. O medicamento usado é o metronidazol (Flagyl 400mg), que deve ser esmagado e misturado à comida do peixe, caso este ainda se alimente, ou diluído na água do aquário (15mg/L) caso o peixe não se alimente mais. Deve-se efetuar trocas parciais de 50% diariamente e repor a quantidade equivalente de medicamento (8mg/L). Para o buraco na cabeça, recomenda-se o uso tópico de anti-sépticos, como iodo ou permanganato de potássio, que devem ser pincelado delicadamente sobre o orifício, se houver substância semelhante a pus no local, retirar antes da primeira aplicação, mas evitar raspagem do local nas próximas aplicações, pois poderia ocorrer a retirada das camadas já cicatrizadas.

Obs: Indicamos que antes de iniciar qualquer tratamento procure um veterinário especializado em peixes ornamentais, pois ele é o profissional com competência técnica para realizar exames clínicos, reconhecer com certeza a doença e indicar o tratamento viável para o caso.

 

 

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