Nome científico: | Aspidoras pauciradiatus | |
Nome popular (BR): | Aspidora Anã | |
Nome popular (ING): | Sixray corydoras |
Família: | Callichthyidae |
Distribuição geográfica: | |
Comportamento: | Pacífico. Deve ser mantido em grupos de, no mínimo, cinco exemplares. |
Tamanho adulto: | 3 cm |
pH: | 6,0 a 7,0 |
Temperatura: | 22 a 26oC |
Dimorfismo sexual: | As fêmeas são maiores e mais roliças. |
Alimentação: | Ração, artêmia salina, branchonetas, tubifex etc. |
Aquário mínimo recomendado: | 40 litros |
Reprodução: | Ovípara |
Adequado para plantado? | Sim. |
Biótopo: | |
Informações adicionais: |
Saiba mais sobre a espécie:
A Aspidoras pauciradiatus é um peixe que primeiramente foi confundido com coridora. Porém, trata-se de um gênero diferente, mas são muito semelhantes. Tanto que em inglês recebe também o nome de "False Corydora", ou Coridora Falsa. Weitzman e Nijssen descreveram a espécie em 1970.
Para diferenciá-las das coridoras é preciso analisar o crânio do animal. As aspidoras possuem duas aberturas no topo da cabeça; as coridoras, somente uma. Com relação às outras aspidoras, a A. pauciradiatus possui seis raios moles na barbatana dorsal enquanto as demais do gênero possuem sete.
É natural do Brasil e encontrada na Bacia do Araguaia. Neste local, habita águas bastante movimentadas, ricas, portando, em oxigênio. Não ultrapassa os 4 cm e tem expectativa de vida de oito anos. Há, no entanto, uma população encontrada no Rio Negro. Não há ainda evidências morfológicas suficientes para determinar se são espécies distintas ou se alguma é uma subespécie.
Parâmetros. É uma espécie que precisa de um pouco mais de atenção. Não que seja difícil mantê-la, mas cuide para manter o pH entre 6,0 a 7,0. Em seu habitat, além das águas rápidas, há folhas e troncos no fundo liberando taninos que acidificam o ambiente, como no caso da população do Rio Negro. Por isso ela é mantida em uma faixa de pH um pouco menos abrangente que outros peixes. A dureza deve variar entre 2 e 12 DH. Peixe de temperaturas tropicais, entre 22 e 28°C.
Comportamento. Pacífica, gregária, deve ser mantida em grupos de pelo menos seis indivíduos. Depois de ambientada no aquário, irá nadar mais ativamente, ingressando também na parte intermediária, não se restringindo ao fundo. Como as coridoras, às vezes vai a superfície captar oxigênio atmosférico. Esse comportamento é normal e acredita-se que seja uma adaptação para enfrentar locais pouco oxigenados quando chega a estação seca.
Aquário. Um tanque com medidas entre 45x30x30 cm ou 40 litros, é bom para começar a criá-las. Ofereça um substrato de areia, com pedras e troncos fornecendo esconderijos. Lembre que uma correnteza mais acentuada dentro do aquário favorece essa espécie. O efeito pode ser conseguido utilizando uma pequena bomba submersa.
Companheiros. Pequenos tetras, ciclideos anões e peixes que não sejam demasiado grandes, como os do gênero Boraras. Seu comportamento pacífico e seu diminuto tamanho a tornam alvo de ataques para peixes grandes.
Alimentação. Comem de tudo, desde alimentos vivos, enquitréias, bloodworms, artêmias e rações próprias para peixes de fundo.
Dimorfismo sexual. As fêmeas são maiores e mais roliças, especialmente quando estão com ovas. Os machos tendem a ser mais claros que as parceiras.
Reprodução. Não é algo simples de conseguir, mas é possível. Ocorre de maneira semelhante a das coridoras. Para tanto, utilizar um tanque apenas para a espécie, com várias plantas. Mantê-las em um grupo maior. Sugestão: doze indivíduos. Alimentá-las ricamente, várias vezes ao dia, com alimentos ricos em proteína e gordura. Conforme os relatos disponíveis, trocas de água maciças de 50% ou mais com uma água mais fria induzem o processo de desova e fertilização. Os ovos são depositados nas plantas e pelo substrato. Os pais devem ser retirados do aquário, visto que irão se alimentar das ovas. A eclosão deve ocorrer dentro de cinco dias.
Após dois dias, os filhotes começam a ser alimentados com microvermes e náuplios de artêmia. Seu crescimento é vagaroso. Troque a água pelo menos duas vezes por semana a uma carga de 25%. Após trinta dias aproximadamente, pode-se inserir alimentos flocados na dieta.
Atenção. São intolerantes a sal e produtos químicos. Lembre-se de colocá-las no aquário apenas quando este estiver realmente maturado, completamente ciclado e estável. Quando algo está errado, apresentam respiração ofegante e, em sequência, ficam em estado de imobilidade e até mesmo rolando para o mesmo lado. Quando isso acontece, troque cerca de 50% da água do aquário e utilize um bom condicionador de água. Procure identificar as causas do estresse e elimine o problema.
Escrito por Keller Duarte Steglich.