Nome científico: | Crossocheilus oblongus | |
Nome popular (BR): | Comedor de Algas Siamês | |
Nome popular (ING): | Siamese algae-eater |
Família: | Cyprinidae |
Distribuição geográfica: | |
Comportamento: | Territorial. |
Tamanho adulto: | 16 cm |
pH: | 6,5 a 8,0 |
Temperatura: | 24 a 28oC |
Dimorfismo sexual: | As fêmeas costumam ser maiores e mais arredondadas. |
Alimentação: | Ração, algas, legumes etc. |
Aquário mínimo recomendado: | 200 litros |
Reprodução: | Ovípara |
Adequado para plantado? | Sim. |
Biótopo: | |
Informações adicionais: |
Saiba mais sobre a espécie:
Com a fama de ser o único peixe que se alimenta de algas filamentosas, o Comedor de Algas Siamês quase se tornou uma lenda, já que por não chamar a atenção de aquaristas que desconhecem esse seu "dom" e talvez
devido a ausência de cores vibrantes em seu corpo, é reconhecido por poucos aquaristas, que algum tempo atrás quase nunca o encontravam nas lojas brasileiras.
Graças a popularização dos aquários plantados, que ocorreu na década passada, este peixe passou a ser facílmente
encontrado em várias lojas e por preços mais acessíveis. Um grupo de CAS, como também é conhecido, é peça quase obrigatória em muitos aquários plantados devido à sua utilidade.
Por se tratar de um peixe um pouco territorial, deve-se evitar colocar dois exemplares, sempre um ou mais de três caso o aquário permita, já que ele pode alcançar até 15cm. Isso evitará que o peixe dominante
persiga somente um peixe e acabe mantando-o por estresse.
Esse peixe possui a boca semelhante a dos labeos e quando jovem passa o dia todo a procura de algas pelas folhas das plantas, troncos, pedras etc.
Infelizmente, quando adulto, o CAS (em sites estrangeiros também é comum encontrar
o termo SAE ou Siamese Flying Fox ao se referir à ele) pode se acostumar à rações de uma tal forma que deixe de se interessar pelas algas, principalmente se elas suprirem sua necessidade por alimento vegetal.
O aquário para o CAS deve ter pH entre 6,5 e 8,0; temperatura em torno de 26ºC e bastante plantas para o peixe se sentir mais à vontade. Caso haja Labeos no aquário, perseguições não são descartadas
e inúmeras tocas serão muito bem vindas. Além disso, em alguns aquários o Comedor de Algas Siamês pode percorrer o corpo de outros peixes à procura de alimento, os peixes parecem incomodados com esse seu comportamento,
porém raramente isso causa algum ferimento mais grave.
Quando jovem é praticamente impossível identificar o sexo do peixe, porém quando adulto, as fêmeas tendem a ser maiores e mais redondas que os machos.
A reprodução em aquarios não é muito comum, mas acredita-se que seja semelhante à dos labeos. A alimentação deve consistir em algas, ração (se o aquário não tiver algas, é
importante fornecero ao menos uma ração vegetal) e pequenos invertebrados como artêmia salina, tubifex etc.
Quando for comprar seu CAS, preste bem atenção à algumas características que o diferem
dos inúmeros peixes que também são conhecidos como Comedores de Algas, afinal se o alvo são as algas filamentosas, dizem que ele é o único que poderá ajudar. O CAS (Crossocheilus oblongus,
recentemente reclassificado, antes recebia o nome de Crossocheilus siamensis) (1) difere dos demais por ser quase branco e possuir uma única linha preta que vai desde sua boca até
o final da cauda. A maior confusão costuma ocorrer com alguns peixes do gênero Garra, principalmente o Garra cambodgiensis (2), porém nesse peixe
há uma segunda linha mais clara sobre a principal, preta. Há ainda o Comedor de Algas Chinês (Gyrinocheilos aymonieri) (3),
o mais comum nas lojas e encontrado nas variedades comum e gold. Apesar de ser bem diferente e ter a boca em forma de ventosa, é o mais mais vendido como Comedor de Algas Siamês, muitas vezes por falta de conhecimento do próprio
lojista, porém o aquarista precisa ficar atento pois esse é o mais agressivo dos Comedores de Algas, podendo atacar outros peixes quando adulto. Por fim há ainda o Flying Fox ou Raposa Voadora (Epalzeorhynchos kalopterus),
que apesar de possuir uma linha negra semelhante a do CAS, ela é acompanhada de outra amarela e costuma possuir uma coloração mais atraente.
Escrito por: Marne Campos