Nome científico: | Macropodus opercularis | |
Nome popular (BR): | Paraíso | |
Nome popular (ING): | Paradise fish |
Família: | Osphronemidae |
Distribuição geográfica: | |
Comportamento: | Territorial, pode se tornar agressivo com indivíduos da mesma espécie. Deve ser mantido em grupos de cinco ou mais indivíduos, sempre com um número maior de fêmeas. |
Tamanho adulto: | 7 cm |
pH: | 6,0 a 8,0 |
Temperatura: | 16 a 26oC |
Dimorfismo sexual: | O macho é mais colorido e possui as nadadeiras dorsal e anal mais desenvolvidas. |
Alimentação: | Ração, artêmia salina, branchonetas, tubifex, insetos, etc. |
Aquário mínimo recomendado: | 150 litros |
Reprodução: | Ovípara. |
Adequado para plantado? | Sim. |
Biótopo: | |
Informações adicionais: |
Saiba mais sobre a espécie:
Resistência e beleza são marcas características desse peixe que tem algo especial até no nome, Paraíso. Preparado para viver em ambientes nada amigáveis, o Macropodus opercularis não vai dar o menor trabalho ao aquarista que souber escolher seus companheiros de aquário.
Originário do sudeste asiático, a variedade selvagem é encontrada com facilidade entre os arrozais chineses, locais com muita vegetação e pouca água, dessa forma o peixe está acostumado com condições mínimas de sobrevivência. Um aquário para o Paraíso pode dispensar o sistema de aquecimento, principalmente em países tropicais, já que prefere temperaturas em torno de 23°C. Fatores como pH e dureza não importam muito, podendo viver tanto em águas alcalinas como ácidas. A única preocupação na hora de montar um aquário para o Paraíso é quanto aos demais habitantes, estes devem ser maiores que ele para diminuir as chances de sofrerem com sua agressividade.
Outra dica é colocar no mínimo quatro exemplares da espécie, não que seja um peixe que vive em grupo, mas assim pode-se evitar perseguições constantes a um único indivíduo. Além das qualidades já descritas, este peixe pode ser bastante útil no combate a algumas espécies de caramujos como os Planorbes, considerados por alguns aquaristas como verdadeiras pragas aquáticas.
A reprodução é fácil e muito parecida com a do Betta splendens, outro membro da família Anabantidae. O dimorfismo sexual é facilmente identificado. O macho possui as nadadeiras mais longas e pontiagudas além de ser mais colorido que a fêmea; esta, por sua vez, costuma ser mais "gordinha". Repare se há algum casal pronto para a reprodução, o macho deve estar mais colorido que o normal e a fêmea com o ventre inchado.
Prepare um aquário com cerca de vinte litros brutos, é bom não colocar muita água para não dificultar o trabalho do macho. Não use substrato e coloque várias plantas aquáticas, de superfície e submersas, isso servirá de suporte ao ninho e abrigo para a fêmea. O aquário deverá ser mantido tampado a fim de manter a umidade e diminuir a oscilação de temperatura que deve se manter próxima dos 23°C. Um aerador suave será bastante útil também, principalmente quando os filhotes nascerem, pois ao contrário dos pais ainda não terão o labirinto desenvolvido, órgão que os permite respirar o ar atmosférico.
O macho construirá um ninho de bolhas na superfície e atrairá a fêmea para perto dele, dando então um abraço para que ela solte os ovos e ele possa fertilizá-los. Após a desova terminar, a fêmea deverá ser retirada do aquário, pois pode ser morta pelo macho. Ele pegará os ovos do fundo do aquário e colocará um a um no ninho de bolhas. A eclosão ocorre após quarenta e oito horas e na primeira semana não será necessário alimentá-los, pois consumirão o saco vitelino. Na segunda semana ofereça infusórios e depois micro vermes até começarem a aceitar ração. O pai poderá ser retirado logo na segunda semana. A alimentação dos adultos também não possui mistérios, aceitam de tudo, ração, alimentos vivos, patês caseiros, etc.
Escrito por Marne Campos.