Nome científico: | Taenicara candidi | |
Nome popular (BR): | ||
Nome popular (ING): |
Família: | Cichlidae |
Distribuição geográfica: | |
Comportamento: | Territorial, deve ser mantido em casal. |
Tamanho adulto: | 4 cm |
pH: | 5,5 a 6,8 |
Temperatura: | 23 a 26oC |
Dimorfismo sexual: | O macho é mais colorido e possui a nadadeira caudal em forma de "ponta". |
Alimentação: | Ração, artêmia salina, branchonetas, tubifex etc. |
Aquário mínimo recomendado: | 60 litros |
Reprodução: | Ovípara. |
Adequado para plantado? | Sim. |
Biótopo: | |
Informações adicionais: |
Saiba mais sobre a espécie:
Originalmente descrito em 1936 como Apistogramma weisei, este belo ciclídeo anão foi renomeado para Taeniacara candidi em homenagem ao doador dos primeiros espécimes encontrados e que serviram de base para a identificação da espécie, E. Candidus. O nome Taeniacara faz referência a faixa preta que percorre seu corpo de for longitudinal e tem origem na junção de duas palavras: taenia, que do latim significa linha, listra, faixa, e acara, nome nativo para ciclídeo.
As características peculiares da Taeniacara a tornam inconfundível. Seu corpo alongado, nadadeira dorsal baixa, cauda longa e lanceolada em machos adultos são algumas delas. As Taenicaras também apresentam uma larga faixa lateral, que se estende dos olhos até a base da cauda. As fêmeas apresentam certo colorido na nadadeira caudal, diferentemente da maioria das fêmeas de Apistogramma, podendo até mesmo ser lanceolada, apesar de ser raro. Outra característica desta espécie é a diferença de tamanho entre fêmeas e machos, ficando estes relativamente maiores que elas. Quando adulto, o macho pode alcançar sete centímetros de comprimento e a fêmea, cinco. Durante o período de reprodução a fêmea tem a coloração de seu corpo num tom amarelado.
A sua distribuição não foi precisamente descrita, mas sabe-se que o peixe é proveniente da região do rio Negro. Também foram encontrados exemplares na região dos rios Tefé e Tapajós. Apesar de vir de regiões de rios de águas escuras, ao contrário do que se pensa em geral este peixe só é encontrado em rios de águas claras.
O aquário para se manter esta espécie deve, preferencialmente, ter areia clara no fundo. A decoração inclui vegetação densa, troncos e rochas, combinados de acordo com o gosto do aquarista, mas desde que ofereça locais onde os peixes possam se esconder. Quando o peixe se sente ambientado é possível notar um comportamento bem característico na espécie: o peixe fica parado e começa a ondular o corpo verticalmente, mantendo a cabeça estática. Geralmente esse comportamento é visualizado em fêmeas com ninhadas e indivíduos dominantes dentro de um grupo.
As características da água do aquário são preponderantes para o sucesso da manutenção desta espécie. Estas incluem pH por volta de 6,5, dureza em torno de 2 dH, temperatura entre 23 e 26 ºC, além de água bem limpa e clara. Já foi experimentalmente comprovado que águas ricas em ácidos húmicos e muito ácidas (pH < 5) tendem a abreviar o período de vida deste peixe, que pode se estender até os quatro anos, quando mantido em condições ideais. Casais podem ser mantidos em aquários pequenos, com cerca de 40 litros, entretanto, a agressividade entre os dois durante o período reprodutivo será minimizada se houver maior espaço para compartilharem, como um aquário de 60 litros aproximadamente. A fêmea deposita seus ovos em tocas e, com 36 a 72 horas, nascem os filhotes que passam a nadar pelo aquário, sempre acompanhados da mãe, por volta do sétimo dia. Um dos obstáculos na reprodução é o tamanho dos recém-nascidos, que exige alimentos realmente pequenos, como náuplios de artêmia recém eclodidos.
Sem dúvida, este é um dos mais interessantes ciclídeos anões que conhecemos. Uma dica para quem quer observar toda a sua variedade de comportamentos é colocá-los com alguns pequenos tetras, como os Nannostomus sp. (lápis, zepelim), que pouco incomodarão a prole.
Escrito por Rafael Freitas.