O FDA (órgão estadunidense equivalente à Anvisa do Brasil, porém nos Estados Unidos) aprovou na semana passada a comercialização de um salmão geneticamente modificado que contém um hormônio de um salmão de outra espécie e um gene de uma enguia, o que deu à espécie uma taxa de crescimento com o dobro da velocidade do peixe encontrado na natureza.
O animal, desenvolvido pela empresa AquaBounty, ainda sofre duras críticas de diversos grupos e entre os argumentos contrários à sua comercialização está a falta de conhecimento sobre o que o seu consumo poderia causar ao ser humano, além de um possível desastre ambiental caso o peixe fugisse e entrasse em contato com populações do salmão encontrado na natureza. No primeiro caso, a AquaBounty rebate dizendo que foram anos de pesquisa antes da liberação do animal para consumo e que ele não oferece nenhum risco à saúde dos seres humanos, já quanto ao possível cruzamento do animal com peixes selvagens, a agência garante que todos os animais produzidos são fêmeas e esteréis, portanto não oferecem nenhum risco de proliferação descontrolada na natureza (alguém lembrou do primeiro filme da série Jurassic Park?), de qualquer forma, o animal só poderá ser criado em criadouros terrestes, sem qualquer contato com o mar, no Canadá e Panamá, sua criação ainda não foi liberada nos EUA.
Apesar das críticas, a empresa responsável pelo desenvolvimento do animal comemora a liberação e diz que iniciativas como essa são de grande importância para a ciência, aquicultura e para suprir uma demanda cada vez maior por alimentos, gerada por um crescimento significativo da população mundial. Na foto, é possível comparar o tamanho do peixe geneticamente modificado, ao fundo, com o seu homólogo natural, ambos com a mesma idade.
Fonte: universoracionalista.org