Atualmente as áreas de preservação da vida marinha designadas por lei são bem menores que as áreas em terra, estamos falando de 3,6% contra 15%, mas isso vem mudando nos últimos anos. Cada vez mais, líderes mundiais têm estabelecidos novas áreas de proteção ambiental sobre os oceanos e isso tem feito a diferença para a recuperação de várias espécies.
Recentemente, o presidente da República do Palau, um pequeno país da Oceânia, colocou sob proteção algo em torno de 83% do território marinho do país, isso é um grande avanço na política de conservação mundial e se for seguido como exemplo por outros líderes globais, pode representar um grande avanço para a humanidade. Palau é um minúsculo país insular do oceano pacífico e é claro que não espera-se que países com proporções continentais estipulem números parecidos para seu territórios, porém um estudo adequado dos tipos de regiões e os diferentes níveis de proteção que demandariam, com certeza faria toda a diferença para o futuro do planeta.
Os cientistas recomendam a divisão das áreas de proteção em três tipos. A primeira seria "área de proteção leve" onde seria permitida significativa pesca comercial, seguida pela "área de alta proteção" onde a pesca comercial não seria permitida e somente espécies sem grande apelo comercial teriam sua captura permitida. Por último, haveria a "área de proteção total" onde não seria permitido qualquer tipo de pesca ou exploração que interferrisse na vida marinha, essas regiões seriam determinadas pelas sua representatividade em termos de biodiversidade e suporte ao desenvolvimento da vida. Hoje, apenas 1,8% da área dos oceanos está sob alta ou total proteção.
Um dos grandes desafios dos cientistas atualmente é que os políticos entendam a diferença que há entre esses três tipos de área de conservação, um desafio e tanto não só quando falamos do poder legislativo brasileiro mas quando falamos de políticas de conservação ambiental em países de todo o mundo.
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