Symphysodon discus Nome científico: Symphysodon discus
Nome popular (BR): Acará Disco Heckel
Nome popular (ING): Heckel discus

 

Família: Cichlidae
Distribuição geográfica: América do Sul (Bacia Amazônica)
Comportamento: Pacífico. Deve ser mantido em grupos de, no mínimo, cinco indivíduos.
Tamanho adulto: 25 cm
pH: 5,5 a 6,6
Temperatura: 28 a 32oC
Dimorfismo sexual: Não há.
Alimentação: Ração, patê, artêmia salina, branchonetas, tubifex etc.
Aquário mínimo recomendado: 300 litros
Reprodução: Ovípara
Adequado para plantado? Sim.
Biótopo: Águas escuras e de pouca vegetação, com grande quantidade de raízes e troncos de árvores.
Informações adicionais:  

Saiba mais sobre a espécie:

Conhecido também como o Rei do Aquário de Água Doce, o Disco Heckel é considerado o topo do aquarismo para qualquer um, tanto pela sua beleza quanto pela sua sensibilidade que representa um desafio para a maioria dos aquaristas. Relatos históricos dizem que em 1840, o Dr. Johann Heckel descreveu pela primeira vez 15 espécies de Discos, sem chamar muita atenção. Já em 1933 os Discos foram reapresentados aos aquaristas modernos e desde então deixou homem fascinado.

As duas espécies de Discos convivendoSendo eles classificados em duas espécies, Symphysodon discus e Symphysodon aequifasciatus, tendo este último várias subespécies. Seu habitat natural é a região amazônica, mas atualmente o S. aequifasciatus já é criado em larga escala em vários lugares do mundo, principalmente Ásia, EUA e Alemanha, já o S. discus ainda possui grande dependência da captura em ambiente selvagem, um dos motivos que não é tão popular no aquarismo. A maneira mais fácil de distinguir um S. discus é pela faixa central sempre mais escura que as demais, o que não acontece no S. aequifascistus.

Um aquário ideal para os Discos, deve conter somente peixes da pacíficos e calmos, pois costumam ficar intimidados na presença de outros peixes mais ágeis, deixando até de se alimentar. Os Discos Heckel costumam ser um pouco mais agressivos em aquários, mas ao mesmo tempo também são mais tímidos e exigentes quanto às suas companhias. Coridoras, Neons, Nannostomus podem ser boas opções para dividir um aquário com ele, com tanto que estes não caibam em sua boca. S. discus e S. aequifasciatus podem dividir o mesmo aquário sem problemas.

Acarás Bandeira (Pterophyllum scalare), ao contrário do que muitos pensam, não são uma boa opção, por serem muito agitados podem intimidar os Discos. Além disso, alguns livros dizem ser o Bandeira portador de um verme do gênero Capillaria que em cativeiro pode ser perigoso para os Discos, o que nunca ficou esclarecido tratar-se de uma lenda ou fato comprovado.

Acarás Disco HeckelO tanque precisa ser bem espaçoso, no mínimo 300 litros, e tomando cuidado para não ultrapassar a marca de um Disco para cada 60 litros de água. A filtragem deve ser a melhor possível, mas sem deixar a água muito agitada. O pH entre 5,5 e 6,6 e temperatura em torno dos 30ºC, a iluminação não é um fator importante e pode ser até prejudicial se for muito intensa. Lembrando sempre que a higiene do tanque é de vital importância para o sucesso nessa criação, alguns aquaristas preferem não usar substrato, deixando o vidro do fundo nu, para facilitar a limpeza. Colocar planta naturais num tanque de Discos é um assunto que sempre está em discussão, muitos preferem usar plantas artificiais que tornam mais fácil a manutenção do tanque, pois a maioria das plantas não se adaptariam bem às altas temperaturas e acabariam morrendo poluindo a água, o que é prejudicial para os Discos. Dessa forma, se optar por mantê-los em aquários plantados, é muito importante saber escolher as espécies mais adequadas e manter a temperatura entre 28 e 30ºC, o que não seria tão agressivo para as plantas e ao mesmo tempo corresponderia às exigências dos Discos em cativeiro.

A reprodução é um pouco mais rara de acontecer em cativeiro se comparada ao Symphysodon aequifasciatus, mas pode acontecer e segue um ritual bem parecido, podendo acontecer a desova num aquário comunitário caso o peixe esteja bem ambientado. O ideal é que quando isso ocorrer, o aquaristas separe o casal num aquário de uns 60 litros no mínimo, sem substrato para ajudar na limpeza, com um tronco ou algo que fique na vertical para a postura dos ovos e um filtro de esponja com uma leve aeração. O local não deve ser muito movimentado, e nem muito claro. As condições da água devem estar o mais próximo possível das do aquário.

A fêmea vai colocar os ovos numa superfície vertical que logo depois vão ser fecundados pelo macho, a eclosão ocorre após 48 horas e eles passarão 2 ou 3 dias grudados à superfície da postura, os pais vão promover uma maior oxigenação do local "abanando-os" com as nadadeiras peitorais afim de evitar a proliferação de fungos. No próximo estágio, os filhotes vão se fixar no corpo dos pais, pois se alimentarão de um muco aí presente. Isso dura uns 3 dias, depois você deve alimentá-los com artêmia salina recém-nascida e infusórios. Os pais não costumam atacar os filhotes, mas se isso ocorrer, o jeito é retirá-los do aquário onde estão os filhotes.

Escrito por: Marne Campos

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