Nome científico: | Xiphophorus helleri | |
Nome popular (BR): | Espada | |
Nome popular (ING): | Green swordtail |
Família: | Poeciliidae |
Distribuição geográfica: | |
Comportamento: | Pacífico. |
Tamanho adulto: | 16 cm |
pH: | 7,0 a 8,0 |
Temperatura: | 22 a 28oC |
Dimorfismo sexual: | Os machos possuem a nadadeira anal modificada em forma de gonopódio e a dorsal com um filamento prolongado na parte inferior. |
Alimentação: | Ração, patê, artêmia salina, branchonetas, tubifex, algas. |
Reprodução: | Ovovivípara, ocorre com grande facilidade em cativeiro. |
Aquário mínimo recomendado: | 80 litros |
Adequado para plantado? | Sim, desde que as plantas suportem o mesmo pH. |
Biótopo: | |
Informações adicionais: |
Saiba mais sobre a espécie:
O Espada é integrante do grupo dos peixes mais populares que já passaram pela maioria dos aquários, sendo raro encontrar quem nunca os teve mesmo que distribuído como “brinde” numa dessas feiras de animais ou “lembrança” de uma festa infantil. Não é o "peixinho vermelho" oficial, mas não fica devendo nada quando se trata de popularidade. São muitas as variedades que podemos encontrar nas lojas. A selvagem possui cor verde oliva e raramente é encontrada no comércio, mas as variedades obtidas através de cruzamentos seletivos são comuns, como a Sangue, Negra e Dominó, entre outras. Além de diferentes cores também há diferentes formatos de nadadeiras, sendo exemplos a comum e a véu com cauda de Lyra (meia lua).
Originário da América Central, o Espada prefere uma água levemente alcalina com pH entre 7,2 e 7,4 e temperatura em torno de 25° C. Populações selvagens são habitualmente encontradas em ambientes lóticos (rios, riachos, canais, ribeiros) com correnteza moderada, sendo minoria as encontradas em ambiente lêntico (lagoas).
Pode habitar um aquário comunitário sem problemas, lembrando sempre de manter mais fêmeas do que machos, na proporção de pelo menos três delas para cada macho. Caso o aquário seja de pequeno volume, prefira um único macho para evitar brigas pela dominância do grupo e disputas de fêmeas. A decoração do aquário é livre, mas tenha em mente que o Espada apreciará uma rica vegetação.
A diferenciação entre machos e fêmeas é possível e feita com facilidade. O macho é mais esbelto e menor que a fêmea. Possui gonopódio (nadadeira anal modificada em forma de "bastão") e a partir de certa idade desenvolve um prolongamento na parte inferior da nadadeira caudal (a “espada” que dá o nome comum ao peixe).
A reprodução desta espécie é contínua e bastante fácil, traço característico da família Poeciliidae. O Espada é ovovivíparo e se reproduz por fecundação interna com o macho fertilizando a fêmea através de sua nadadeira anal modificada, denominada gonopódio. A "gestação" dura em torno de trinta a quarenta dias e a fêmea dará a luz a filhotes totalmente formados, não existindo a fase da postura dos ovos. Uma fêmea jovem pode parir entre vinte e quarenta alevinos, sendo que este número tende a aumentar bastante em caso de fêmeas plenamente desenvolvidas. É possível uma nova fertilização em torno de uma semana após o parto.
Não há cuidado parental (os pais não cuidam da prole) e podem ser os primeiros a devorar os alevinos, tanto na superfície como fundo do aquário. Uma boa densidade de plantas (flutuantes, inclusive) proporciona abrigo e certamente permitirá que vários sobrevivam à predação. Outra possibilidade é separar a fêmea quando o nascimento estiver próximo. Para tanto monte um aquário de pequeno porte (dez litros é suficiente) com muitas plantas como cabombas, elódeas, pinheirinhos entre outras, para abrigo dos alevinos. Substrato é dispensável e quanto a equipamentos, é adequado manter aquecedor com termostato além de um compressor de ar com pedra porosa ou um filtro de esponja.
Alguns cientistas defendem a ideia de que quando faltam machos, a fêmea mais velha sofre uma mudança de sexo e se torna macho, inclusive hábil para fecundar outras fêmeas. Outros afirmam que na verdade certos machos apresentam um atraso para atingirem a maturidade sexual.
Aceitam todo tipo de alimento, como ração industrializada, artêmia, tubifex, entre outros, mas algas e alimentos a base de vegetais não podem faltar em sua dieta. Aos filhotes, após o segundo dia de vida, pode-se oferecer ração para filhotes de ovovivíparos, ração esfarelada, microvermes e naúplios de artêmia.
Escrito por Marne Campos