Nome científico: | Poecilia latipinna | |
Nome popular (BR): | Molinésia Velifera | |
Nome popular (ING): | Sailfin Molly |
Família: | Poeciliidae |
Distribuição geográfica: | |
Comportamento: | Pacífico. |
Tamanho adulto: | 10 cm |
pH: | 7,0 a 8,4 |
Temperatura: | 22 a 28oC |
Dimorfismo sexual: | Os machos possuem a nadadeira dorsal mais desenvolvida e a anal modificada em forma de gonopódio. |
Alimentação: | Ração, algas e pequenos invertebrados. |
Reprodução: | Ovovivípara |
Aquário mínimo recomendado: | 60 litros |
Adequado para plantado? | Sim |
Biótopo: | |
Informações adicionais: |
Saiba mais sobre a espécie:
Apesar de ser um dos peixes mais populares entre os iniciantes no aquarismo dulcícola, poucos sabem que na natureza a molinésia habita água salobra bem diferentes da que são normalmente mantidas em aquários. A variedade mais comum é a negra, mas podem ser encontradas diversas outras nas lojas, entre elas estão a negra cauda de lyra, balão, tigre, velífera, dálmata entre outras sendo que o comportamento e os cuidados que requerem são praticamente os mesmos.
Originária de águas costeiras do sul da América do Norte e México, raramente passam de 6 cm e vivem mais de 2 ou 3 anos em aquários, mas se suas exigências forem atendidas, podem ir muito além disso, uma molinésia mantida em água salobra e aquário com no mínimo 100L pode chegar a 10cm de comprimento. Outra curiosidade é que estudos comprovam um maior crescimento de sua nadadeira dorsal se criadas em temperaturas por volta de 20ºC, essa característica valoriza bastante o peixe.
As molinésias também podem ser mantidas em aquários marinhos após uma adpatação adequada, mas isso não é recomendado, pois o peixe nunca atingirá seu desenvolvimento pleno e seu tempo de vida diminuirá consideravelmente.
O substrato do aquário pode conter material alcalinizante, como dolomita ou conchas, a fim de se manter o pH em um nível mais elevado, em torno de 7,4. Plantas são muito bem vindas, as mais recomendadas são as volumosas e de folhas finas que oferecem importantes esconderijos para os filhotes, entre elas estão a Rabo de raposa, Pinheirinho, Elódea, Cabomba, Sinemá entre outras que aceitam bem um pH mais alto. A temperatura pode ser mantida entre 22ºC e 28ºC. A população de molinésias deve ser composta por mais fêmeas do que macho, é recomendável a proporção de 1:4 pois os machos passam boa parte do dia tentando acasalar com as fêmeas e se o número delas for baixo, podem viver constantemente estressadas.
Como é comum na família Poeciliidae, são ovovivíparas e os ovos se desenvolvem dentro da mãe até eclodiem e nascerem os filhotes já completamente desenvolvidos, dispensado a postura de ovos em algum local. A fecundação é interna, o macho através de uma nadadeira anal modificada chamada gonopódio, fecunda a fêmea, sendo que seus espermatozóides podem ser suficientes para mais de uma "gestação". A reprodução em cativeiro é bem comum, a primeira coisa é saber diferenciar os machos das fêmeas, os primeiros possuem a nadaderia dorsal mais desenvolvida e o gonopódio (uma nadadeira em forma de bastão na região anal), a fêmeas são maiores, mais "gordinhas" e não possuem o gonopódio, no lugar há uma nadadeira anal comum. (na foto abaixo: macho acima, fêmea abaixo, a coloração pode ser ignorada).
Como já comentado, os machos passam o tempo todo tentando copular com as fêmeas, então isso não será motivo de preocupação para o aquarista. A gestação dura cerca de 30 dias, e é necessário ficar atento quando os filhotes nascerem pois os adultos podem comê-los, daí a preferência por aquários densamente plantados ou a montagem de um aquário pequeno com muitas plantas só para a fêmea, até o nascimento dos alevinos. Uma dica para o nascimento ocorrer mais rápido, é elevar a temperatura para 28ºC, mas deve-se ter em mente que isso pode ocasionar o nascimento de filhotes prematuros. O uso de "criadeiras" plásticas não é recomendado pois o espaço é reduzido e um erro de cálculo do aquarista pode deixar a fêmea por muito tempo em confinamento, o estresse gerado pode ocasioanar o nascimento de filhotes mortos ou até mesmo a morte da fêmea. Os filhotes devem ser mantidos longe dos adultos, até adquirirem um tamanho que não permita que sejam devorados.
A alimentação dos filhotes deve ser feita com dáfnias, artêmia recém nascida, microvermes e ração floculada reduzida a pó, os adultos devem ter uma dieta a base de vegetais (são ótimas devoradoras de algas), ração básica, ração de spirulina etc, podendo ser complementada com alimentos vivos como artêmia, dáfnias, minhocas entre outros.
Escrito por Marne Campos